Resenha: Estou Feliz que Minha Mãe Morreu

Título: Estou Feliz que Minha Mãe Morreu
Autora: Jennette McCurdy
Tradutor: Soraya Borges de Freitas
Páginas: 304
Editora: nVersos
Classificação: Não recomendado para menores de 18 anos.
Pesquise os gatilhos antes de ler!
Onde comprar: Amazon

Sinopse: Um comovente e hilário livro de memórias da estrela Jennette McCurdy sobre suas lutas como ex-atriz infantil – incluindo distúrbios alimentares, vícios e o complicado relacionamento com sua mãe autoritária – e como retomou o controle de sua vida. Jennette McCurdy tinha seis anos quando realizou seu primeiro teste para atriz. O sonho de sua mãe era que sua única filha se tornasse uma estrela, e Jennette faria qualquer coisa para deixá-la feliz. Então obedeceu ao que a mãe chamava de “restrição calórica”, comendo pouco e pesando-se cinco vezes por dia.

Também sofreu extensos procedimentos estéticos “caseiros”, como na passagem onde a mãe insistia que Jennette tingisse os cílios: “Seus cílios são invisíveis, sabia? Você acha que a Dakota Fanning não pinta os dela?” Jennette chegou ao cúmulo de ser banhada pela mãe até os dezesseis anos, além de ser forçada a mostrar o conteúdo de seus diários e e-mails e compartilhar toda a sua renda.

Em Estou Feliz que Minha Mãe Morreu, Jennette narra tudo isso em detalhes – assim como o que acontece quando o sonho finalmente se torna realidade. Lançada em uma nova série da Nickelodeon chamada iCarly, ela foi impelida à fama. Embora sua mãe estivesse em êxtase, enviando e-mails aos moderadores do fã-clube e tratando os paparazzi pelo primeiro nome (“Oi, Gale!”), Jennette sentia muita ansiedade, vergonha e autoaversão, que se manifestavam na forma de distúrbios alimentares, vícios e uma série de relacionamentos tóxicos. Tais problemas só pioraram quando, logo após assumir a liderança no spin-off de iCarly, Sam & Cat, ao lado de Ariana Grande, sua mãe veio a falecer de câncer.

Finalmente, depois de descobrir a terapia e parar de atuar, Jennette embarcou na recuperação e passou a decidir, pela primeira vez na vida, o que realmente queria.

Narrada com franqueza e humor ácido, Estou Feliz que Minha Mãe Morreu é uma história inspiradora de resiliência, independência e a alegria de poder lavar o próprio cabelo.
Como boa millennial que sou, cresci admirando a vida dessas atrizes que tinham minha idade. Mas a medida que amadureci, ficou claro o quão tóxico esse ambiente de fama é. Temos a Britney, Demi, Amanda Bynes, dentre outras, que não nos deixam mentir. Mas eu não conhecia a Jennette. Não via iCarly, já não era da minha faixa etária. Mas assim que soube desse livro - especialmente pelo título - fiquei curiosíssima.


Jennette McCurdy é ex-estrela da Nickelodeon. Em sua estreia como escritora ela conta nesse livro de memórias todos os abusos que sofreu na infância e adolescência pela indústria e, principalmente, por sua mãe Debra McCurdy. E não foram poucos.

Com uma narrativa crua e honesta, "Estou Feliz que Minha Mãe Morreu" apresenta um título polêmico e de muito impacto, escolhido intencionalmente para causar desconforto, já que a ex-atriz quis explorar o abuso emocional e psicológico que vivenciou durante seu tempo como artista juvenil. Jennette já havia alertado que iria expor os detalhes de sua relação delicada e conturbada com a mãe, que m0rreu em decorrência de um cânc3r.
"Minha mãe não merecia seu pedestal. Ela era uma narcisista."

McCurdy nunca quis o estrelato, esse era o sonho de Debra, no entanto, como foi desencorajada pelos pais e sendo muito dominadora, sua mãe ficou obcecada em fazer da filha uma estrela mirim aos seis anos, exercendo controle até o início da vida adulta de Jennette, o que levou à ansiedad3, vergonha e auto aversão, que se manifestaram em distúrbi0s alimentares, vício em álco0l e uma série de relacionamentos não saudáveis.

Achei muito corajoso da parte dela expurgar todos esse anos em um livro. Até porque ajuda filhas de mães narcisistas, filhas que sofrem nesse relacionamento. Essa é uma ótica que vejo pouco na Literatura, por isso gostei muito da experiência.
"Não consigo me lembrar quando sorri sem ser para uma cena."

Essa é uma obra que - por mais dolorosa que seja - nos oferece uma história inspiradora de resiliência e independência. É impensável o quanto Jennette sofreu, mas fico feliz que ela tenha reconhecido que precisava de ajuda e iniciou a terapia.

⚠️ Recomendo a leitura, consulte antes, pois o conteúdo é muito sensível.

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Ana Paula

Aninha, 36 anos, Goiânia - GO. Designer de formação e coração. Ama estar em casa no aconchego dos seus livros, séries e filmes.




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