Título: Tempo de Reacender EstrelasAutora: Virginie GrimaldiTradutor: Julia da Rosa SimõesPáginas: 288Editora: GutenbergClassificação: Não recomendado para menores de 14 anos.Pesquise os gatilhos antes de ler!Onde comprar: AmazonSinopse: Anna tem 37 anos, está separada do marido e as dívidas não param de aumentar. Ela se desdobra para manter o trabalho como garçonete em um restaurante e sustentar as filhas, Chloé e Lily, com quem encontra apenas no café da manhã.Chloé tem 17 anos. Uma adolescente cheia de sonhos prestes a desistir deles. É por meio de seu blog que vamos conhecendo melhor seus planos e desilusões. Lily, 12 anos, está com problemas na escola e o único a saber disso é Marcel, seu diário, e seu ratinho, batizado com o mesmo nome do pai, Mathias, que abandonou o barco quando ela tinha 5 anos.Quando Anna se dá conta de que suas filhas não estão bem, ela toma uma decisão inesperada: levá-las em um motorhome, rumo aos países da Escandinávia, para ver a Aurora Boreal.Uma história emocionante sobre as relações familiares, os encontros e desencontros de gerações e, acima de tudo, sobre o amor.
Já falei em outro momento que fui completamente conquistada por Virginie Grimaldi. Ela escreve tramas sensíveis sobre maternidade e família com muita delicadeza, oferece lições que agregam muito e nos toca profundamente.
Em "Tempo de Reacender Estrelas" vamos conhecer três pontos de vistas diferentes: narrado em primeira pessoa por Anna, pelos trechos do blog pessoal de Chloé e o diário de Lily.
Anna tem 37 anos, trabalha muito para sustentar suas filhas desde que o marido a deixou. Contudo, ela perde o emprego e está se afundando cada vez mais com as dívidas que não param de crescer.
Tudo fica pior quando ela descobre que suas meninas estão passando por momentos difíceis também. Chloé tem apenas 17 anos e já pensa em abandonar o ensino médio e está sempre se envolvendo com qualquer homem que lhe dê migalhas de amor. Já Lilly, tem 12 e está sofrendo bullying na escola. Seus melhores amigos são seu diário, chamado Marcel e seu ratinho Mathias.
Com o incentivo da avó, Anna toma uma decisão insensata diante das circunstâncias econômicas: usa o dinheiro que recebe de sua rescisão, pega emprestado o motorhome dos pais e decide levar as filhas em uma road trip até a Escandinávia, para verem a Aurora Boreal.
AMEI a ambientação repleta de paisagens europeias, o enredo, as questões apresentadas. Os personagens são muito carismáticos, dos principais aos secundários. Lilly, foi de longe a minha preferida. Ela é divertida, sincera e sensível. Acompanhar seus devaneios com Marcel foi muito gostoso, além disso, a interação entre ela e Noah, um garotinho autista, foi emocionante. Ver Chloé amadurecendo e evoluindo foi incrível e Anna é um exemplo de mãe que luta para ver sua família bem e que ama as filhas incondicionalmente. Ela é maravilhosa.
"Tudo passa, Naná querida. As raivas, as decepções, as preocupações, as alegrias, os cansaços. As únicas coisas que restam, no fim, estejam nesse mundo ou não, são as pessoas que amamos."
"Ao longo da vida, sempre julgamos aquilo que acontece conosco, nos alegramos ou nos entristecemos. Mas só no fim saberemos se havia motivo para alegria ou tristeza. Nada está fixo, tudo muda. Não fique triste hoje, porque o que aconteceu com você talvez resulte em grande alegria."
Eu poderia ficar horas falando sobre essa bela obra que transborda sensibilidade. Em meio a uma road trip com novas amizades, descobertas, superação e aceitação. Mãe e filhas se redescobrem e terão a chance de se reconectarem.
"A viagem não mudou nada. Voltamos e as dívidas continuavam as mesmas, os problemas também, eu estava sem emprego, Lily tinha inimigos, Chloé tinha demônios. As coisas não mudaram. Nós, sim. Mesmo a dezessete mil quilômetros de distância, estaremos juntas. Mesmo quando elas tiverem 50 anos, estaremos juntas. Temos algo que nunca morrerá. Somos uma família."
Espero ter a oportunidade de ler mais livros da Virginie Grimaldi.




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