Resenha: Como Se Fôssemos Vilões

Título: Como se fôssemos vilões
Autora: Rio M. L.
Tradutor: Laura Pohl
Páginas: 352
Editora: Naci
Classificação: Não recomendado para menores de 16 anos.
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Onde comprar: Amazon

Sinopse: Inteligente, empolgante e rico em detalhes, Como se fôssemos vilões é uma história sobre o poder duradouro das palavras.

Oliver Marks acabou de cumprir uma pena de dez anos na prisão por um assassinato que pode ou não ter cometido. No dia de sua soltura, ele é procurado pelo homem que foi responsável por prendê-lo. O detetive Colborne está para se aposentar, mas, antes disso, quer saber o que realmente aconteceu uma década atrás.

Sete jovens atores estudam Shakespeare em uma faculdade de artes de excelência, Oliver e seus amigos interpretam os mesmos papéis tanto no palco quanto na vida real: herói, vilão, tirano, sedutora, donzela, figurantes, mas, quando a escolha de elenco muda e os personagens secundários roubam o lugar das estrelas, as peças de teatro começam a mergulhar perigosamente na realidade, e um dos amigos é encontrado morto. O restante então enfrenta o maior desafio teatral de suas vidas: convencer a polícia (e uns aos outros) de que são inocentes.
Um grupo de atores estuda as peças de Shakespeare. Eles, protagonistas, estão tão empenhados que não aceitam que outros atores, interpretando personagens secundários, ganhem protagonismo. E isso faz com que eles acabem se metamorfoseando com os personagens do célebre dramaturgo. Ou seja: se tornam vilões. Assassinos.

E Oliver, um desses atores, acaba de cumprir uma pena de dez anos na prisão por esse assassinato - que ele pode ou não ter cometido. Quando é solto, o detetive responsável por sua prisão o procura. Ele está perto de se aposentar, mas desconfia do que realmente houve há anos atrás.


O livro é narrado pelo ponto de vista de Oliver, incluindo cinco atos, sendo um prólogo no presente para cada início de ato e algumas cenas vivenciadas no passado, onde tudo ocorreu.
"O inferno está vazio e todos os demônios estão aqui."
Essa foi uma leitura muito diferente do que estou familiarizada, confesso que no começo da trama fiquei um pouco confusa com as informações e demorei um pouco para me conectar com o enredo.

Por se tratar de uma história com jovens dramaturgos, não vai faltar intensidade, cenas dramáticas e encenações no palco e fora dele. O cenário compõe sete estudantes de teatro numa academia de elite, todos eles são complexos e cheios de camadas, cada um com suas particularidades que M. L. Rio desenvolveu com maestria.
"Para nós, tudo era teatro."
Gostei muito da ambientação com pano de fundo no teatro. A autora nos oferece muita arte e dramaturgia, além de muitas referências às obras de Shakespeare - que eu ainda não tive a oportunidade de ler - porém, fiquei muito instigada a conhecer.

O livro gira em torno das relações entre os personagens, além de um suspense instigante que fará o leitor criar teorias sobre o verdadeiro culpado. No entanto, não espere uma narrativa com foco principal na resolução de quem matou, mas sim do porquê. O mais intrigante aqui é saber como tudo aconteceu e as consequências que deixou para cada um.

"Como Se Fôssemos Vilões" é um dark academia eletrizante, com um suspense envolvente e sombrio. Assim como um drama shakesperiano, oferece muitas intrigas, paixões, amizades disfuncionais e arte. A trama é tão boa que será adaptada para uma série. UAU! 😍

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Ana Paula

Aninha, 36 anos, Goiânia - GO. Designer de formação e coração. Ama estar em casa no aconchego dos seus livros, séries e filmes.




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